terça-feira, 29 de maio de 2012

O Mundo da Poesia



Pensando em voz alta…
Chegou o mês de Março solarengo e alegre com o cantar dos passarinhos.
As flores, ao ouvirem o chilrear, abriram as suas pétalas e os campos inundaram-se de cores e de perfumes.
As ruas da nossa cidade ficaram mais bonitas e até as árvores vestiram-se de verde para receber a Primavera que estava a chegar.
Na nossa Pediatria, os adolescentes e as crianças internadas receberam a visita de duas escolas da nossa cidade, que vieram declamar alguns poemas, no fundo, tivemos duas Tertúlias Poéticas.
As atividades foram várias, durante este mês. A par das tarefas escolares enviadas pelas escolas, tivemos a Semana da Poesia. Podemos mesmo dizer que a poesia andou no ar, até porque os nossos jovens se transformaram em verdadeiros poetas! E aos livros juntaram-se as palavras e as frases escritas pelos nossos adolescentes. 

E a terminar, gostaria de vos deixar um excerto do poema Brincar com as Palavras de Luísa Ducla Soares:

As palavras também brincam
Fazem cada coisa louca
Saltam na ponta da língua
São estrelas no céu da boca.


 
No dia 21 de Março comemorou-se o Dia Mundial da Poesia e a Pediatria associou-se às comemorações.
No dia 19 iniciou-se a Semana da Poesia que consistiu no estudo da tipologia e da especificidade do texto poético, na leitura de poemas de diversos escritores e na realização de tarefas ligadas à escrita de poemas.

Durante esta semana tivemos a visita de duas escolas da cidade de Viseu: a Escola Grão Vasco e a Escola Alves Martins que nos trouxeram um teatro e uma tertúlia poética.
Os alunos da Escola Grão Vasco trouxeram uma dramatização da obra de Werner Holzwarth A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça e a leitura expressiva de alguns poemas do livro de José Jorge Letria Porta-te Bem.
A Escola Alves Martins trouxe uma tertúlia poética que se iniciou com a leitura expressiva do poema “ Pachos na testa, testo na mão” de António Lobo Antunes. Mas o poema que obteve mais aplausos foi “ Romance de 10 meninas casadoiras.”


Seguem-se alguns textos poéticos escritos pelos adolescentes internados na Pediatria.
ACABA de CHEGAR
Ainda ontem começou e
Veio para ficar.
Mal abri a janela
Ouvi logo os pássaros a cantar,

Era uma linda melodia,
Acompanhada de raios de sol
E flores a abrir
Como um lindo girassol.

Nem faltou a doce brisa
Que passeava pelos meus cabelos.
De manhã ao acordar,
Senti aquele perfume no ar.

Vesti-me à pressa e saí,
Pois não me queria atrasar
Para ao parque ir
E aos meus amigos contar.







A minha rua estava em festa,
Era um manto de aguarelas,
Havia muitas flores,
Joaninhas e borboletas de várias cores.

Encontrei os meus amigos
Alguns brincavam,
Outros namoravam
E uma menina dançava.

A alegria deles era tanta,
Que um sorriso em todos pairava.
Disse olá a todos eles
E todos me responderam:
- Vamos comemorar!
Porque…
A Primavera acaba de chegar!



Trabalho realizado por: André, Cristiana, Joana, João, Manuela e Ruben


Primavera
Chegou a Primavera
É um dia especial
Talvez alguns meninos
Possam ter alta do hospital.

Não podíamos estar mais contentes,
Estamos mesmo radiantes
Se nos dessem uma notícia dessas
Ficávamos como estrelas cintilantes.

Pedimos muitas desculpas
Pois não fizemos o poema,
Mas prometemos que ainda hoje
Escolhemos um tema.

Joana e Cristiana

Tic-Tac

Parece estranho,
Não ter o que dizer…
Mas decidimos pegar na caneta
E começar a escrever.

Fizemos riscos e rabiscos
E no meio desta riscalhada
Um Poema iria surgir
Do nada!

Era difícil encontrar o tema,
Mas alguma coisa havia de surgir.
Depois de tanto olhar para o relógio
Talvez o tema acabasse por vir.                        

Só o som do relógio se ouvia:
- Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
E no silêncio,
O tema surgia….

Tic-tac , tic-tac
Passou a ser o tema do nosso poema,
E era um tema muito especial,
Visto que dali a horas
Iriamos sair do hospital.



Houve momentos,

Em que o tempo parecia não passar

E os minutos teimavam em parar.


 
Mas o tempo foi avançado,

O Tic-tac do relógio continuava

E nos momentos mais difíceis

A esperança nunca faltava.


 
Chegou a hora de ir embora

Dissemos adeus a toda a gente.

Pegámos no relógio,

E saímos de cara contente.


A quem fica,

Desejamos as melhoras

A amizade continuará,

E o som do Tic-Tac permanecerá.




Olá a todos. O meu nome é João e escolhi o poema de Augusto Gil Balada da Neve para fazer a ilustração que se segue:

 
 BALADA DA NEVE
“…
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…”


EU ESCOLHI UM POEMA

Eu sou o Daniel e foi-me proposto um trabalho sui generis. Tinha que escolher um poema e fazer uma pequena reflexão crítica sobre o poema escolhido.
Ontem, ofereceram-me o livro de Florentino Pereira, intitulado Cenários do meu existir. Depois de uma rápida olhadela ao livro, escolhi um poema intitulado “Máscaras”.
A minha escolha recaiu neste poema visto que, ao ler o poema, não pude deixar de valorizar o seu carater intimista e ao mesmo tempo crítico.
O autor, Florentino Pereira, é um sacerdote cristão que não aprecia o Carnaval, enquanto data festiva, dada a origem pagã desta festa.
No entanto, em Máscaras, não retrata somente o Carnaval e os cortejos festivos. Este poema, em certa medida, retrata a sociedade presente, baseada nas aparências e na utilização de máscaras.
Assim, podemos analisar este poema partindo de duas realidades: o retrato das máscaras de Carnaval, visto ser Carnaval, e o retrato da sociedade em que vivemos que utiliza a máscara diariamente.
O mundo é belo, segundo o conceito do autor, mas o homem sente necessidade de se mascarar, colocando uma tela para tapar a face, esconder o corpo e assim se transformar numa outra personagem ou figura. A nossa sociedade está cheia de pessoas que diariamente põem as suas máscaras e assim o mundo vai perdendo a sua beleza e inocência inicial.
Devemos usar, segundo o sujeito poético, máscaras apenas no Carnaval e sermos nós próprios todos os dias, não tentarmos ser alguém que não somos. A beleza da nossa sociedade reside na individualidade, autenticidade e diferenciação que existe.
Como diz Florentino Pereira:

“ … Dia a dia, o mundo vive mascarado, introjão
Que se tanta máscara fosse eliminada
O mundo seria belo, verdadeiro, irmão…



 
O mês de Março chegou carregado de livros. Vinha muito cansado, mas rapidamente os adolescentes o ajudaram a libertar-se do peso, visto que todos pretendiam um livro para ler.


Aliado às leituras foram aparecendo trabalhos fantásticos, como podemos ver de seguida. Um dos livros mais requisitados foi Princesas esquecidas ou desconhecidas de Philippe Lechermeier e Rebecca Dautremer





Olá eu sou a Francisca e vou falar-vos da Princesa Fassolá.

A Princesa Fassolá tem cabelos longos e cor de laranja, tem uma cara oval e com sardas, nariz bicudo, pernas finas e muito altas.

É uma princesa que toca violoncelo na orquestra do maestro Tempo Moderato.

Eu escolhi esta princesa porque achei que ela era simpática, engraçada e tocava violoncelo com os cabelos.

A Princesa Fassolá faz parte do grupo das princesas esquecidas ou desconhecidas que o livro Princesas esquecidas ou desconhecidas de Philippe Lechermeier e Rebecca Dautremer retrata.

A Princesa

Era triste e solitária.

O mundo fechado a um passo de distância.

Era linda, musical…

E no entanto melancólica

A pequena princesa Fassolá.


 
Vivia rodeada de criados

Num palácio luxuoso e abençoado

Mas a sua companhia…

O que a fazia sentir-se completa

Era a música!


 
Cantarolava por tudo e por nada

Até que um dia encontrou uma flauta



Esta tornou-se fonte de uma melodia

Que enxugava lágrimas…

Curava corações partidos

E esboçava sorrisos nos rostos dos seus ouvintes!



Manuela


O Mundo das Princesas


Um aceno principesco a todos os que me leem. Neste mundo fictício de princesas, e depois de ter lido o livro Princesas esquecidas ou desconhecidas, escolhi ser a princesa preguiçosa.

A minha escolha recaiu nesta princesa porque eu também sou um pouco preguiçosa. Gosto de acordar tarde e vou para a cama cedo como a princesa do livro, direi mesmo que vou para a cama com as galinhas.

Se calhar não sou bem uma princesa preguiçosa mas antes dorminhoca.



Bem, dorminhoca ou preguiçosa, eu gosto é de ficar estendida no sofá, não fazer nada e descansar.

É tão bom!!! Nas férias ando sempre de bom humor, dado que não há horários a cumprir.

Quando não estou a preguiçar, gosto de dançar. Coloco a música no meu MP3 e lá vou eu deslizando pelos corredores da casa. Deixo logo de ser uma princesa preguiçosa e passo a ser uma princesa bailarina, com asas nos pés.

Até um dia destes e boas preguiças. Mas já agora, o meu nome é Filipa e não sou uma princesa verdadeira, embora não me importasse de pertencer à família real.




O meu nome é Leonardo e li o poema “A Fada Palavrinha”, retirado do livro Brincar com as Palavras de Luísa Ducla Soares.

Era uma vez um rei que tinha um tesouro com moedas de ouro, esmeraldas e diamantes. Com o tesouro, o rei decidiu construir um palácio com muitas estantes para colocar os livros. Os livros chegaram ao palácio no dorso de um elefante.

Depois de colocados nas estantes, vieram as traças e começaram a comer as páginas dos livros. Mas apareceu um morcego que ajudou o rei a livrar-se das traças.

No fim da história, veio a Fada Palavrinha que deitava uns pós de perlimpimpim.



O mês de Março terminou com um recado, escrito por Carlos Pinhão e Catarina Rebello e retirado do livro Sete Recados.

Este recado é dirigido à formiga, à cigarra e a todos os adolescentes que se considerem formigas e cigarras, visto que é preciso brincar e trabalhar nas proporções certas. A todos um bom trabalho e boas leituras.


 


… Cigarra   

Aqui para nós que a formiga

Não está a escutar

mete no toutiço

Que não basta ser boa rapariga

E ter boa voz.

É preciso trabalhar

-pensa nisso!


… Formiga
Aqui para nós
Que a cigarra não nos escuta
Pára um bocadinho
Com essa labuta.
Qualquer dia




Ó desgraçada

Tens o celeiro cheio

E não tens mais nada.






Procura as seguintes palavras na Sopa de Letras:


estrofe, métrica, poema, poeta, quadra, rima, soneto e verso

A
S
S
O
N
E
T
 O
P
O
M
M
A
U
U
P
O
E
R
E
U
U
T
O
E
E
S
T
R
O
F
E
T
W
E
R
I
Q
R
M
A
R
Z
I
M
U
T
A
U
T
X
C
A
A
R
T
I
Y
C
A
Q
D
E
R
V
E
R
S
O
R
S
D
N
M
L
Ç
P
A
V
B

Notícias dos nossos quartos
Cá estou eu de novo. Mais um mês que se passou e este foi fantástico.

Vejam só que até escrevemos textos poéticos! Afinal temos veia de poeta…Ah! Ah! Ah!

Trabalhámos muito, por isso fizemos coisas fabulosas.

Até ao mês de Abril!