Olá a todos, eu chamo-me Cátia e fui escolhida para a importante
tarefa de ser a jornalista de serviço da pediatria.
Como jornalista, Vou fazer a reportagem da Semana da Alimentação,
com fotografias e tudo.
No dia 16 de Outubro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação e a
Pediatria juntou-se às comemorações com várias atividades, das quais destaco a
Semana da Alimentação Saudável, na qual também eu participei.
A Semana começou com o Dia das Saladas Coloridas. Logo pela manhã
escolhemos os vários ingredientes que iriamos utilizar nas saladas.
Depois, fizemos um estudo sobre a constituição dos alimentos e a
função de cada nutriente. E aprendemos que os alimentos são constituídos por
nutrientes: prótidos, glúcidos, lípidos, água, minerais, vitaminas e fibras.
Cada alimento é constituído por vários nutrientes em proporções variáveis.
Os prótidos abundam na carne, no peixe e no feijão. Têm
essencialmente uma função de construção de muitas das estruturas do corpo, como
os ossos, a pele e os músculos.
Os lípidos são os principais constituintes da manteiga e do azeite.
Têm uma função de construção e energética, contribuindo para a manutenção da
temperatura corporal. Os glúcidos encontram-se em grandes quantidades nos
cereais, frutos e legumes. Têm uma função essencialmente energética.
As vitaminas encontram-se principalmente nos legumes, nos frutos e
no leite, sendo nutrientes com função protetora e reguladora. E as fibras estão
presentes nos frutos, legumes e cereais. Têm uma função reguladora do
funcionamento do intestino.
Os minerais encontram-se em diferentes alimentos, desde os frutos e
legumes até à carne e ao peixe. Alguns como o cálcio e o ferro têm uma função
de construção, outros como o fluor têm papel de proteção.
A água é um nutriente construtor. Mas, desempenha outras importantes
funções como regular a temperatura corporal, transportar materiais e eliminar
substâncias tóxicas.
Começámos por lavar muito bem os ingredientes: alface, tomate,
milho, cenoura, maçã, couve roxa, pepino, etc.
No fim,
foi uma alegria ao olharmos para as apetitosas saladas.
As Saladas Coloridas deram lugar ao Mundo das Sopas. Assim,
começámos por ler e interpretar o conto tradicional Sopa de Pedra.
Depois começámos a preparar os ingredientes para a sopa. Decidir que
sopa iriamos fazer não foi fácil, mas chegámos a um consenso.
Iriamos fazer Sopa de feijão-verde. E assim começou a nossa
aventura.
- uma
cenoura;
- uma cebola;
- um
fiozinho de azeite.
Colocámos
água numa panela e pusemos os ingredientes partidos lá para dentro, com a
pitada de sal.
No fim, a
panela foi ao lume para que os alimentos de cozessem.
Depois de
os alimentos estarem bem cozidos, tirámos a panela do lume e batemos o
preparado com a varinha, ficando um líquido pastoso e alaranjado.
A panela voltou novamente ao lume e colocámos o feijão-verde
partido.
Deixou-se ferver e colocou-se o fiozinho de azeite.
Depois de o feijão-verde estar cozido retirámos a panela do lume.
E a sopa está pronta a ser comida. Foi bastante interessante
cozinharmos e todos prometemos que, em casa, com a ajuda da mãe iriamos voltar
a experimentar a fazer sopa. Porque a sopa até tem um sabor agradável.
O quarto dia iniciou-se com a perspetiva histórica sobre a
alimentação ao longo do tempo. Iriamos aprender como os nossos antepassados
comiam e ainda ver uma possível ementa para o Homem pré-histórico.
Aprendemos que uma refeição paleolítica poderia ser:
▪ Entrada – frutos do mar recém
pescados.
▪ Prato – carne de veado assada na pedra com ervas aromáticas.
▪ Sobremesa –
frutos do bosque de acordo com a estação do ano.
Mas, uma refeição neolítica já teria novidades:
▪ Jantar (festa)
– carne assada ou cozida com ervas aromática, pão de cevada, cerveja de cevada
e manteiga. Queijo como sobremesa.
Seguiu-se a alimentação feita pelos egípcios, em que a base
era o trigo, a cevada e o pão, acrescidos de vegetais, como a cebola, fava e lentilha, leite, queijo e
uma grande variedade de peixe.
Na civilização grega, os Gregos faziam três refeições diárias:
▪ De manhã:
comiam pão de trigo e sumo de uva;
▪Ao meio-dia: tomavam uma refeição ligeira, constituída por uma papa de cevada;
▪ Por volta das 19 horas: tomavam a
refeição principal constituída por carne de porco ou boi e, também, de caça; o
peixe, também era comum, assim como os legumes (alho, cebola, verduras) e fruta
fresca e frutos secos.
Com a civilização romana, surgiram os
banquetes que começavam com os aperitivos, seguidos de sensivelmente cinco
pratos principais, em que o mel e as carnes eram os preferidos, depois
seguiam-se as sobremesas, das quais destacamos: Doce de rosas com pastéis folhados, Tâmaras recheadas com nozes e pinhões
e bolo de vinho doce africano, com mel.
Em
Portugal, a história da alimentação confunde-se com a própria história do país.
Na Idade Média, a alimentação variava conforme a classe social. Das três
classes existentes (nobreza, clero e povo) destaca-se o povo, visto que a sua
alimentação era bastante saudável.
A alimentação dos servos não era muito abundante.
A carne só era consumida em ocasiões de festa.
Mas apesar de a alimentação ser fraca em quantidade era bastante
saudável.
A sua alimentação era baseada em fruta, cereais, pão, castanha e bolota.
Consumiam, também, bastantes vegetais, couves e favas. Utilizavam leguminosas -
lentilhas, grão-de-bico e ervilhas para substituir a proteína animal.
Nos momentos festivos, comiam carne de capoeira confecionada com plantas
aromáticas – tomilho, manjericão e alecrim.
Quando coziam os vegetais, a água de cozedura era utilizada como sopa.
As descobertas marítimas abriram Portugal
a uma quantidade enorme de plantas e frutos novos, oriundos de três
continentes. Salientem-se entre elas o milho, a batata, o tomate, a couve-flor,
as frutas tropicais, o café, o chá e o cacau. Apareceram também à venda muitas
especiarias. Surgiram ainda peixes e carnes diferentes, como o bacalhau e o
peru.
Entre os frutos tropicais salientam-se a
banana, vinda de África e introduzida na Madeira por volta de 1550, o ananás,
de proveniência americana, e a laranja doce da China
Quanto às especiarias, mais do que a
pimenta, a grande novidade era a canela, anteriormente desconhecida na Europa.
Também o açúcar, introduzido na Madeira no século XV e, mais tarde, objeto de
grande produção no Brasil, passou a ser usado com enorme frequência.
Nos dias de hoje, sabemos que devemos
fazer uma alimentação equilibrada, completa e variada, sem nunca esquecer a
sopa, nem pular refeições.
Este dia foi um dia em que aprendemos
coisas novas e muito engraçadas.
Mas falar de alimentação sem referir a Roda dos Alimentos, seria uma falha
imperdoável.
Para percebermos melhor o conceito e a
simbologia da Roda, temos que perceber que ela representa um prato e as quantidades
diárias de alimentos que devemos ingerir.
Assim, e porque a aprendizagem se baseia
na experiencia, para o quarto dia estava programada a construção da Roda dos
Alimentos ao vivo. Começámos por dividir os alimentos em hortícolas, frutos,
Cereais e tubérculos, lacticínios, carne, pescado e ovos, leguminosas, óleos e
gorduras e a água.
Cada criança e adolescente foram
convidados a colocar um alimento na roda e o resultado final foi este, como
comprovam as fotografias.
Boas refeições e até breve!
A Jornalista de Serviço: Cátia