terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pensando em voz alta…

Olá a todos.
Chegou o mês de dezembro muito branco e um pouco molhado. As ruas da cidade de Viseu cobriram-se de enfeites de Natal, com muitas luzes e imagens do presépio.
Este espírito natalício de festa também chegou aos corredores da nossa Pediatria e as figuras do presépio, assim como o pinheirinho colorido saíram dos caixotes e ocuparam um alugar de destaque.
Mas o mês de dezembro é o mês da Festa de Natal. Este ano a nossa festa teve a participação de alunos da Escola Secundária Viriato, da Escola Secundária Emídio Navarro e dos alunos de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu. Foi uma tarde muito divertida.

A par de toda a agitação natalícia e das inúmeras visitas que tivemos, os nossos adolescentes não quiseram deixar de lado os seus amigos livros e as suas confidentes folhas brancas, com quem partilharam os seus mais íntimos sentimentos. 

E é neste contexto que surgiu a visita do Velho Alfaiate que costurava os corações das pessoas que, com ele, se cruzavam no caminho da vida e sempre que visitava um local novo, antes de partir, atava a ponta do carrinho de linhas a uma pedra e ia soltando o fio à medida que se afastava porque:
“se um dia decidisse voltar, o fio indicar-lhe-ia o caminho.”

A todos um excelente Natal de 2013.


A Professora Cláudia




Olá a todos!
Cá estou eu novamente, o Jornalista de Serviço, para vos noticiar, em 1ª mão a Festa de Natal da Pediatria.
 
Tudo aconteceu no dia 12 de Dezembro, pelas 14h:30m.
Desde a manhã desse dia que se verificava uma agitação pelos corredores da Pediatria, até o almoço foi um pouco atribulado, dado que a ânsia de ir para o Auditório já se tinha instalado.

E, quando os enfermeiros estagiários nos começaram a chamar para a festa, o sorriso invadiu os nossos rostos. Estava na hora!
Percorremos os longos corredores do Hospital, até que chegámos ao Auditório, onde fomos recebidos com música natalícia e um Pai Natal a acenar-nos.

 



Fomos ocupando o nosso lugar, ansiosos por saber o que iria acontecer…



Os primeiros a entrar em cena foi a apresentadora que deu as boas vindas a todos os presentes e participantes.




Seguiram-se os primeiros atores, vinham da Escola Emídio Navarro e trouxeram uma peça de teatro denominada “Era uma vez…”






 Foi um momento espetacular em que todos reconhecemos o verdadeiro espírito do Natal.
Seguiu-se um momento musical com alunos da Escola Secundária Viriato, intitulado Tu és mais forte.






O grupo UPS, da Escola Secundária Viriato, trouxe uma peça teatral designada por Cartas ao Pai Natal. Por alguns momentos, voltámos todos a escrever ao Pai Natal e a analisar o nosso comportamento durante todo o ano.



A festa estava quase a terminar, quando chegaram os alunos de enfermagem com o Medley de Músicas de Natal.
 

Foi fantástico!


Seguiram-se os votos natalícios da Diretora do Serviço de Pediatria Dra. Luísa Tavares e do Enfermeiro Chefe do Internamento de Pediatria Enf. Adelino Rodrigues






 
A nossa festa terminou com a entrega de prendinhas e com o delicioso lanche natalício.



A todos um excelente Natal de 2013 e um próspero Ano Novo. Em linguagem de adolescente: um Natal estrondoso com bués de prendas e um Ano Novo TOP!

Até à próxima festa.

O Jornalista de Serviço.




O CANTINHO DAS LEITURAS

O mês de dezembro chegou acompanhado de dois novos amigos, os livros A Estrela, de Vergílio Ferreira e O Velho Alfaiate de Txabi Arnal.

Os livros viajaram até aos corredores da nossa Pediatria para visitarem os nossos adolescentes internados. Pedindo licença, entraram nos quartos e tornaram-se companheiros de internamento. 

A Estrela

Eu sou o Tiago e li o livro A Estrela de Vergílio Ferreira.
O livro conta a história de um menino que tinha um sonho: ter uma estrela. Desde muito novo que Pedro passava as noites a olhar para o céu.

De todas as estrelas existentes no firmamento, havia uma que ele mais gostava porque era a mais brilhante.
Um dia, decidiu roubar essa estrela do céu.

Então, o Pedro saiu pela janela do seu quarto, subiu até à Torre da Igreja, e com muito esforço, conseguiu apanhá-la.
A estrela era muito linda, lembrava um pirilampo, mas maior, e tinha um brilho especial.
Regressou ao quarto com a sua nova amiga e colocou-a numa caixa.


Para saberem o que aconteceu ao rapaz e à sua amiga estrela, aconselho a lerem o livro.
Ilustração feita pela Cristina

ERA UMA VEZ UM ALFAIATE


Era uma vez um velho alfaiate que costurava as roupas e o calçado para os príncipes e princesas do seu reino.
Mas um dia, o velho alfaiate foi-se embora do palácio porque sentiu uma enorme tristeza e um enorme vazio no lugar do coração.
Andou, andou sem destino até que chegou a uma aldeia perdida no monte onde os habitantes não tinham sapatos. Depois de muito pensar, decidiu que os iria ajudar e começou por costurar muitos sapatos. Os habitantes ficaram muito contentes e a partir desse dia, sempre que saiam à rua, levavam os seus belos sapatos calçados.
Antes de continuar a viagem, atou a ponta de uma linha a uma pedra porque, se um dia decidisse voltar, o fio indicar-lhe-ia o caminho.
Pegou na sua caixa de costura e iniciou a caminhada. Depois de muito andar, chegou a uma localidade onde as pessoas estavam muito aflitas. A aldeia estava próxima de um vulcão que durante anos e anos tinha estado adormecido. No entanto, de um dia para o outro, o vulcão acordou e estava prestes a explodir.
Muito compenetrado, subiu à cratera do vulcão e coseu as pontas do monte, impossibilitando que a lava escorresse e destruísse a aldeia.
Antes de sair da aldeia, atou a ponta de uma linha a uma pedra porque se um dia decidisse voltar, o fio indicar-lhe-ia o caminho.
A viagem continuou sem grandes sobressaltos. Passou por muitas aldeias e cidades, conheceu muitas pessoas até que chegou a uma terra muito pequenina. Nessa vila vivia uma menina que tinha sido convidada para um baile de máscaras. Como não tinha um fato adequado, foi pedir ao senhor alfaiate para lhe costurar o vestido, em troca de uma cesta de laranjas, visto que o único bem que a menina tinha era uma laranjeira que o avô lhe tinha deixado. Ele aceitou com muito agrado o pedido da menina e começou a cortar e a coser os panos que ia tirando do baú.
Chegado o dia do baile, a menina, muito envergonhada, vestiu o lindo vestido e ficou uma verdadeira princesa. Todos os habitantes da aldeia elogiaram o vestido mas, o que eles não sabiam é que o vestido era especial.
No bolso do vestido, o alfaiate tinha colocado um saquinho cheio de pós mágicos e brilhantes. O baile começou e enquanto a menina bailava, ia espalhando o pó mágico por todos e a partir desse dia nunca mais houve maldade naquele lugar.
Assim que o baile terminou, o alfaiate atou a ponta de uma linha a uma pedra porque se um dia decidisse voltar, o fio indicar-lhe-ia o caminho. No entanto, antes de se ir embora deixou, à porta de casa da menina, o cesto das laranjas com um pequeno paninho onde constava bordado o seu nome.
E seguiu o seu caminho.
Se algum dia encontrarem um senhor a segurar muitos fios e com uma linda caixa de costura, decerto que é o nosso amigo velho alfaiate.

Digam-lhe olá e deixem-no continuar a viagem de ajudar os outros….
Ilustração feita pela Sílvia





sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A minha boneca

No Natal de 2010 uma menina chamada Matilde recebeu milhões de prendas mas a última estava escondida mesmo debaixo da árvore toda decorada. A menina abriu-a e viu que a prenda era…

A prenda era uma linda boneca que era igual à menina e tinha brilhantes olhos castanhos e cabelo loiro com duas bonitas tranças.

Naquela altura a boneca estava com um vestido igual ao da Matilde que por acaso era o seu favorito, como é óbvio a boneca tinha um roupeiro. Ele era igualzinho ao da menina.
A Matilde era muito cusca e estava a achar muito estranho o facto de a boneca ter tudo igual a ela, até mesmo o nome apesar de ser o que ela queria.

Então a menina decidiu ir visitar o Pai Natal e levou consigo a sua nova boneca. Passaram por muitas peripécias mas ao fim de algum tempo chegaram ao Polo Norte (A terra do Pai Natal).

A menina bateu à porta e quem abriu foi o Pai Natal.
Depois de se terem cumprimentado, a Matilde perguntou o porquê de tal semelhança.


O Pai Natal disse-lhe:
- Tu recebeste essa boneca porque me mandaste uma carta e os meus duendes só a tiveram de produzir. O mesmo que aconteceu com o resto dos brinquedos.
- Mas o Pai Natal!!! Eu pensava que…
- Sim Matilde eu sei o que tu pensavas. Agora vou mostrar-te tudo só me tens de seguir.
Ora viraram à esquerda ora viraram à direita e andaram sempre em frente e lá chegaram: à fábrica de brinquedos do Pai Natal.
O Pai Natal, muito compenetrado, mostrou-lhe as várias repartições da fábrica maravilhosa:
1º - o sitio da receção as cartas;
2º - o local da leitura das cartas;
3º - o espaço onde os duendes constroem os brinquedos;
4º - o local do embrulho e embalagem das prendas.

- Obrigada Pai Natal. Eu só escrevia as cartas por causa do meu irmão mais novo: o Kiko. Mas a partir de agora, vou escrever-lhe todos os natais.
- Adeus! Minha menina e já sabes, volta quando quiseres.
- Adeus Pai Natal e obrigada por tudo!

Fim!

Texto da Matilde e ilustração da Cristina


Notícias dos nossos quartos

O mês de dezembro chegou gelado e trouxe com ele os enfeites de Natal, as cores e as luzes.
Muito foi o trabalho por nós realizado, desde ajuda na decoração dos corredores até à execução de trabalhos escolares, porque o fim do primeiro período está a chegar, nunca esquecendo as leituras.
De todas as tarefas em que participámos, destacamos a Festa de Natal da Pediatria, que foi sensacional.

A todos os leitores do Jornaleco votos de um excelente 2014, visto que o 2013 já está a terminar.

Até breve!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


O dia 18 chegou muito cedo e pouco solarengo. A chuva decidiu fazer-nos uma visita e ficou connosco para o jantar.
Este dia foi especial, visto que se realizou a Festa da Pediatria. Todos estávamos convidados, só tínhamos que levar o nosso roupão, como condição de acesso, e boa disposição.
A manhã foi passando sem grande agitação e rapidamente chegaram as 14h30, altura em que os enfermeiros nos acompanharam ao grande auditório do Centro Hospitalar Tondela-Viseu.
Chegar ao auditório foi uma aventura, dado que percorremos corredores e mais corredores, até andámos de elevador.
Ao entrar no auditório, fomos recebidos com música natalícia e um Pai Natal acenando.



Ao palco subiram dois apresentadores de serviço que foram apresentando e relatando o que ia acontecendo, com muito boa disposição.

O primeiro grupo a atuar foi um grupo coral, composto só por meninas com muito talento no mundo das cantorias. 


Tivemos logo vontade de abanar o esqueleto, mas sentámo-nos e aguardamos que fosse dado início à festa.
A professora Cláudia subiu ao palco e deu início à festa, prometendo que esta teria muitas gargalhadas e animação. Por fim desejou a todos os presentes um feliz natal e um excelente 2013.

Ao palco subiram dois apresentadores de serviço que foram apresentando e relatando o que ia acontecendo, com muito boa disposição.

O primeiro grupo a atuar foi um grupo coral, composto só por meninas com muito talento no mundo das cantorias. 




De seguida foi levada à cena a peça “Ninguém dá prendas ao Pai natal”, pelo grupo teatral UPS.
Durante a peça fomos pensando que, na realidade ninguém se lembra de dar prendas ao Pai Natal, mas no final, ele até ficou admirado pela quantidade de prendas que teve.








Seguiu-se novamente um momento musical. E entretanto, o palco foi invadido por meninas-renas que animaram o público durante alguns momentos.



As meninas-renas convidaram o público a participar em alguns jogos interativos.
Foi muito divertido e as gargalhadas ecoaram pelo auditório. 





Seguiu-se mais um momento musical e os apresentadores chamaram ao palco a Dra. Luísa Tavares, diretora do Serviço de Pediatria que desejou as rápidas melhoras aos adolescentes e crianças internados, um feliz natal e um próspero ano novo, referindo também que aproveitássemos a festa.
Houve ainda tempo para ser lido um texto reflexivo intitulado “Há uma viagem a fazer”. Foi um momento notável.





A festa terminou com a peça “Há muito, muito, muito tempo…”, preparada e apresentada pelos alunos de enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de Viseu. Na peça, participaram os seguintes personagens: o Pai Natal, um gato, duas vacas, a galinha, um porco e a mulher do Pai Natal. 





O Pai Natal depois de ter desenterrado o saco das prendas, com a ajuda de todas as personagens, decidiu distribuí-las pelas crianças e adolescentes internados.
A festa terminou com um belo lanche, cheio de iguarias e coisas boas.

Foi uma festa cheia de talentos e com muita animação.


Até para o ano e bom Natal para todos.



     O Jornalista
de Serviço.




  Matilde era minha colega na escola, uma rapariga simpática e muito aplicada.
  Num dia de sol, Matilde chega à escola com um chapéu-de-chuva azul. Toda a gente ficou a olhar para ela e a professora perguntou-lhe por que é que tinha trazido o chapéu-de-chuva.
  Matilde disse-lhe que chovia da parte da tarde e portanto trouxe o chapéu-de-chuva azul para se prevenir.
  No intervalo da manhã, eu fui ter com a Matilde para a convidar a brincar. Ela estava com o guarda-chuva azul na sala e disse que me tinha que contar um segredo.
- Este guarda-chuva é mágico e voa.
- Matilde, o chapéu voa? – perguntei eu.
- Eu encontrei este guarda-chuva azul no meu sótão. E fiquei muito admirada porque ele convidou-me a sobrevoar a cidade de Viseu, passando pela Feira de S. Mateus.
Eu fiquei com vontade de me rir, porque decerto que ela sonhara esta fabulosa história.
Depois de pensar um pouco, disse:
- Eu quero ver esse chapéu voar.
Combinámos que o passeio seria no fim das aulas para me mostrar como voava.
Durante todo o dia, andei ansioso, até parecia que o tempo nem passava. Mas o dia chegou ao fim e fomos os três: eu, a Matilde e o guarda-chuva, a um parque que havia nas proximidades da escola.
Peguei no guarda-chuva azul e disse-lhe:
- Olá!
Mas, como era de prever ele não me respondeu.
A Matilde ajoelhou-se e apresentou-me como um amigo muito especial, capaz de guardar o segredo do Azul.
Para meu espanto, o guarda-chuva disse:
- Queres dar uma volta comigo?
E eu, muito espantado, disse gaguejando:
- Queeeeero! Mas é seguro?
- Só tens que te agarrar ao cabo.
Eu agarrei-me com muita força e lá fomos nós, pelo ar.
Matilde acenou-nos e disse para depois irmos ter a sua casa. Voando por cima das casas, víamos as pessoas andarem de um lado para outro e a conversarem, os carros a passarem rapidamente e até as árvores estavam diferentes.
A cidade de Viseu, vista das alturas parecia outra cidade.
Eu acenava às pessoas mas nenhuma me respondia. De repente, o Azul gritou:
- Agarra-te bem.
E começou a fazer umas piruetas, umas cambalhotas e outras manobras próprias de guarda-chuva.
Parámos mesmo à porta do Museu do Gelo e entrámos. O Segurança pediu-me dinheiro para o bilhete de entrada. E inconscientemente, coloquei a mão no bolso direito e descobri o dinheiro do bilhete.
A Matilde tinha razão. O Guarda-chuva Azul era mesmo mágico. Visitámos o Museu que é um lugar muito bonito e ao mesmo tempo muito frio.
Mas já estava a ficar muito tarde e era preciso entregar o chapéu à Matilde.
Fomos então para casa da minha amiga.
Ao batermos à porta, ela apareceu com um ar muito zangado.
- São horas de chegar? Já estava preocupada- disse a Matilde.
- Eu sei que já é muito tarde mas desculpa, distraímo-nos com as horas. Foi um passeio fantástico. Olha Matilde, fomos a um sítio onde nunca tinha ido: o Museu do Gelo.
- A mim levou-me à Feira de S. Mateus. Também foi uma viagem fantástica.
- Adeus Matilde. Amanhã encontramo-nos na escola. Até amanhã.
- Até amanhã Jorge.
Depois de muitos anos, eu e a Matilde continuamos a guardar o segredo do Azul, um guarda-chuva mágico que fala e voa.




A VIAGEM COM O CHAPÉU DE CHUVA AZUL

Certo dia saí de casa e no meio do meu jardim vi um lindo chapéu azul. Mas este chapéu não era igual aos outros pois este tinha dois lindos olhinhos azuis e uma enorme boca. E bem como este tinha uma boca, pensei que talvez ele também pudesse falar, e resolvi perguntar-lhe o que ele fazia e ele fazia e ele respondeu-me:

- Sou um chapéu azulzinho abandonado e mágico porque eu consigo voar e falar e ando á procura de alguém que queira dar um passeio comigo. E que tal tu?

Primeiro ainda fiquei um pouco assustada mas depois sorri e disse um pouco a gaguejar:
- Eu, tu-tu tens a certeza que queres dar um passeio comigo?
- Sim claro que sim, diz-me onde desejas ir?
- Eu gostava de ir até á praia e tu? – Perguntei.
- Eu também, agarra o meu cabo. – Respondeu o chapéu azul.
- Está bem e aqui vamos nós. – Disse eu a gritar enquanto nos preparávamos para levantar voo.

E lá levantamos voo. Eu olhava fixamente para o chão, era tudo tão lindo. As pessoas pareciam formiguinhas a andar encarreiradas, as estradas pareciam linhas retas, e as rotundas pareciam linhas curvas fechadas. E mais tarde lá chegamos ao nosso local desejado. Havia lá imensas pessoas e também estava muito calor. Estendemos uma toalha no chão e lá ficámos nós a falar durante toda a tarde. Falamos sobre os nossos melhores momentos, das nossas viagens e etc.

Antes do pôr-do-sol fomos até ao bar da praia beber um saboroso e refrescante batido de frutas. E a nossa conversa continuou até que começou a anoitecer e o chapéu azul me levou a casa.

Pelo caminho tudo era maravilhoso: a rua estava toda iluminada, as pessoas continuavam a parecer um carreirinho de formigas, as estradas continuavam a parecer as mesmas linhas retas, as rotundas também continuavam a parecer as mesmas linhas curvas fechadas. Mas existia uma única diferença, há noite havia luz e por isso pareciam lindos pirilampos a cintilar. E tudo continuava maravilhoso até que cheguei a casa e tudo parecia um sonho.

O chapéu azul ficou comigo, porque, depois daqueles momentos, não o iria abandonar. E a partir deste momento o chapéu azul de olhinhos e boca passou a ser o meu melhor amigo.

E desde aí passou a acompanhar-me para todo o lado.



Texto escrito por Tânia




A VIAGEM COM O CHAPÉU DE CHUVA AZUL

Carolina é uma menina de 7 anos, e no seu aniversário o seu pai ofereceu-lhe um chapéu-de-chuva azul e a carolina disse:
  - Pai porque é que tu me estás a dar um chapéu-de-chuva se nós estamos no verão?
  - Carolina este chapéu-de-chuva não é um chapéu qualquer.
  -Então porquê?
  - Abre o chapéu e diz as palavras mágicas: “Voa abracadabra azul”.
  Carolina abriu o chapéu e disse as palavras mágicas. E de repente começou a voar.
  A Carolina sobrevoou, serras, vales, planícies, aldeias, vilas, cidades e tudo o que fosse possível e imaginário, conhecer, e chegou mesmo a dar a volta ao mundo.
  Quando ela regressou à sua cidade Viseu, passeou muito, e foi ter com seu pai para lhe contar a sua grande, divertida e misteriosa aventura:
  - Papá, papá, eu tive uma aventura muito divertida, eu dei a volta ao mundo num dia e aquele senhor inglês deu-a em 80 dias.
  - Vês Carolina foi divertido não foi?
  - Foi papá, mas agora estou cansada preciso de ir dormir.
  - Mas antes de dormir conta-me se fizeste algum amigo na tua viagem?
  -É engraçado eu conheci um senhor pequenino que andava sempre aos pulos.
  - Ah! Esse é o Anãozinho Saltitão.
  - Pai? Tu já o conheces?
  - Sim, Carolina, quando eu tive a tua idade, o meu pai deu-me esse chapéu para poder viajar. É na realidade um chapéu familiar mágico. Até fala, tens que lhe perguntar como se chama.
  - Sabes filha, é importante conhecermos o mundo, novas culturas e novas pessoas.
  - Continua a sonhar e a viajar. Mas agora também estou muito cansado, hoje foi um grande dia de trabalho, e eu acho que já tivemos aventuras que cheguem não achas?
  - Sim papá, vou dormir
  E Carolina e o seu pai foram descansar pois estavam muito cansados.
 Bem, estou a ficar muito cansada, acho que também preciso de ir dormir.
Então ficaremos por aqui e amanhã acompanharemos mais um dia de Carolina.

 Texto escrito por Maria Rita

terça-feira, 29 de maio de 2012

O Mundo da Poesia



Pensando em voz alta…
Chegou o mês de Março solarengo e alegre com o cantar dos passarinhos.
As flores, ao ouvirem o chilrear, abriram as suas pétalas e os campos inundaram-se de cores e de perfumes.
As ruas da nossa cidade ficaram mais bonitas e até as árvores vestiram-se de verde para receber a Primavera que estava a chegar.
Na nossa Pediatria, os adolescentes e as crianças internadas receberam a visita de duas escolas da nossa cidade, que vieram declamar alguns poemas, no fundo, tivemos duas Tertúlias Poéticas.
As atividades foram várias, durante este mês. A par das tarefas escolares enviadas pelas escolas, tivemos a Semana da Poesia. Podemos mesmo dizer que a poesia andou no ar, até porque os nossos jovens se transformaram em verdadeiros poetas! E aos livros juntaram-se as palavras e as frases escritas pelos nossos adolescentes. 

E a terminar, gostaria de vos deixar um excerto do poema Brincar com as Palavras de Luísa Ducla Soares:

As palavras também brincam
Fazem cada coisa louca
Saltam na ponta da língua
São estrelas no céu da boca.


 
No dia 21 de Março comemorou-se o Dia Mundial da Poesia e a Pediatria associou-se às comemorações.
No dia 19 iniciou-se a Semana da Poesia que consistiu no estudo da tipologia e da especificidade do texto poético, na leitura de poemas de diversos escritores e na realização de tarefas ligadas à escrita de poemas.

Durante esta semana tivemos a visita de duas escolas da cidade de Viseu: a Escola Grão Vasco e a Escola Alves Martins que nos trouxeram um teatro e uma tertúlia poética.
Os alunos da Escola Grão Vasco trouxeram uma dramatização da obra de Werner Holzwarth A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça e a leitura expressiva de alguns poemas do livro de José Jorge Letria Porta-te Bem.
A Escola Alves Martins trouxe uma tertúlia poética que se iniciou com a leitura expressiva do poema “ Pachos na testa, testo na mão” de António Lobo Antunes. Mas o poema que obteve mais aplausos foi “ Romance de 10 meninas casadoiras.”


Seguem-se alguns textos poéticos escritos pelos adolescentes internados na Pediatria.
ACABA de CHEGAR
Ainda ontem começou e
Veio para ficar.
Mal abri a janela
Ouvi logo os pássaros a cantar,

Era uma linda melodia,
Acompanhada de raios de sol
E flores a abrir
Como um lindo girassol.

Nem faltou a doce brisa
Que passeava pelos meus cabelos.
De manhã ao acordar,
Senti aquele perfume no ar.

Vesti-me à pressa e saí,
Pois não me queria atrasar
Para ao parque ir
E aos meus amigos contar.







A minha rua estava em festa,
Era um manto de aguarelas,
Havia muitas flores,
Joaninhas e borboletas de várias cores.

Encontrei os meus amigos
Alguns brincavam,
Outros namoravam
E uma menina dançava.

A alegria deles era tanta,
Que um sorriso em todos pairava.
Disse olá a todos eles
E todos me responderam:
- Vamos comemorar!
Porque…
A Primavera acaba de chegar!



Trabalho realizado por: André, Cristiana, Joana, João, Manuela e Ruben


Primavera
Chegou a Primavera
É um dia especial
Talvez alguns meninos
Possam ter alta do hospital.

Não podíamos estar mais contentes,
Estamos mesmo radiantes
Se nos dessem uma notícia dessas
Ficávamos como estrelas cintilantes.

Pedimos muitas desculpas
Pois não fizemos o poema,
Mas prometemos que ainda hoje
Escolhemos um tema.

Joana e Cristiana

Tic-Tac

Parece estranho,
Não ter o que dizer…
Mas decidimos pegar na caneta
E começar a escrever.

Fizemos riscos e rabiscos
E no meio desta riscalhada
Um Poema iria surgir
Do nada!

Era difícil encontrar o tema,
Mas alguma coisa havia de surgir.
Depois de tanto olhar para o relógio
Talvez o tema acabasse por vir.                        

Só o som do relógio se ouvia:
- Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
E no silêncio,
O tema surgia….

Tic-tac , tic-tac
Passou a ser o tema do nosso poema,
E era um tema muito especial,
Visto que dali a horas
Iriamos sair do hospital.



Houve momentos,

Em que o tempo parecia não passar

E os minutos teimavam em parar.


 
Mas o tempo foi avançado,

O Tic-tac do relógio continuava

E nos momentos mais difíceis

A esperança nunca faltava.


 
Chegou a hora de ir embora

Dissemos adeus a toda a gente.

Pegámos no relógio,

E saímos de cara contente.


A quem fica,

Desejamos as melhoras

A amizade continuará,

E o som do Tic-Tac permanecerá.




Olá a todos. O meu nome é João e escolhi o poema de Augusto Gil Balada da Neve para fazer a ilustração que se segue:

 
 BALADA DA NEVE
“…
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…”


EU ESCOLHI UM POEMA

Eu sou o Daniel e foi-me proposto um trabalho sui generis. Tinha que escolher um poema e fazer uma pequena reflexão crítica sobre o poema escolhido.
Ontem, ofereceram-me o livro de Florentino Pereira, intitulado Cenários do meu existir. Depois de uma rápida olhadela ao livro, escolhi um poema intitulado “Máscaras”.
A minha escolha recaiu neste poema visto que, ao ler o poema, não pude deixar de valorizar o seu carater intimista e ao mesmo tempo crítico.
O autor, Florentino Pereira, é um sacerdote cristão que não aprecia o Carnaval, enquanto data festiva, dada a origem pagã desta festa.
No entanto, em Máscaras, não retrata somente o Carnaval e os cortejos festivos. Este poema, em certa medida, retrata a sociedade presente, baseada nas aparências e na utilização de máscaras.
Assim, podemos analisar este poema partindo de duas realidades: o retrato das máscaras de Carnaval, visto ser Carnaval, e o retrato da sociedade em que vivemos que utiliza a máscara diariamente.
O mundo é belo, segundo o conceito do autor, mas o homem sente necessidade de se mascarar, colocando uma tela para tapar a face, esconder o corpo e assim se transformar numa outra personagem ou figura. A nossa sociedade está cheia de pessoas que diariamente põem as suas máscaras e assim o mundo vai perdendo a sua beleza e inocência inicial.
Devemos usar, segundo o sujeito poético, máscaras apenas no Carnaval e sermos nós próprios todos os dias, não tentarmos ser alguém que não somos. A beleza da nossa sociedade reside na individualidade, autenticidade e diferenciação que existe.
Como diz Florentino Pereira:

“ … Dia a dia, o mundo vive mascarado, introjão
Que se tanta máscara fosse eliminada
O mundo seria belo, verdadeiro, irmão…



 
O mês de Março chegou carregado de livros. Vinha muito cansado, mas rapidamente os adolescentes o ajudaram a libertar-se do peso, visto que todos pretendiam um livro para ler.


Aliado às leituras foram aparecendo trabalhos fantásticos, como podemos ver de seguida. Um dos livros mais requisitados foi Princesas esquecidas ou desconhecidas de Philippe Lechermeier e Rebecca Dautremer





Olá eu sou a Francisca e vou falar-vos da Princesa Fassolá.

A Princesa Fassolá tem cabelos longos e cor de laranja, tem uma cara oval e com sardas, nariz bicudo, pernas finas e muito altas.

É uma princesa que toca violoncelo na orquestra do maestro Tempo Moderato.

Eu escolhi esta princesa porque achei que ela era simpática, engraçada e tocava violoncelo com os cabelos.

A Princesa Fassolá faz parte do grupo das princesas esquecidas ou desconhecidas que o livro Princesas esquecidas ou desconhecidas de Philippe Lechermeier e Rebecca Dautremer retrata.

A Princesa

Era triste e solitária.

O mundo fechado a um passo de distância.

Era linda, musical…

E no entanto melancólica

A pequena princesa Fassolá.


 
Vivia rodeada de criados

Num palácio luxuoso e abençoado

Mas a sua companhia…

O que a fazia sentir-se completa

Era a música!


 
Cantarolava por tudo e por nada

Até que um dia encontrou uma flauta



Esta tornou-se fonte de uma melodia

Que enxugava lágrimas…

Curava corações partidos

E esboçava sorrisos nos rostos dos seus ouvintes!



Manuela


O Mundo das Princesas


Um aceno principesco a todos os que me leem. Neste mundo fictício de princesas, e depois de ter lido o livro Princesas esquecidas ou desconhecidas, escolhi ser a princesa preguiçosa.

A minha escolha recaiu nesta princesa porque eu também sou um pouco preguiçosa. Gosto de acordar tarde e vou para a cama cedo como a princesa do livro, direi mesmo que vou para a cama com as galinhas.

Se calhar não sou bem uma princesa preguiçosa mas antes dorminhoca.



Bem, dorminhoca ou preguiçosa, eu gosto é de ficar estendida no sofá, não fazer nada e descansar.

É tão bom!!! Nas férias ando sempre de bom humor, dado que não há horários a cumprir.

Quando não estou a preguiçar, gosto de dançar. Coloco a música no meu MP3 e lá vou eu deslizando pelos corredores da casa. Deixo logo de ser uma princesa preguiçosa e passo a ser uma princesa bailarina, com asas nos pés.

Até um dia destes e boas preguiças. Mas já agora, o meu nome é Filipa e não sou uma princesa verdadeira, embora não me importasse de pertencer à família real.




O meu nome é Leonardo e li o poema “A Fada Palavrinha”, retirado do livro Brincar com as Palavras de Luísa Ducla Soares.

Era uma vez um rei que tinha um tesouro com moedas de ouro, esmeraldas e diamantes. Com o tesouro, o rei decidiu construir um palácio com muitas estantes para colocar os livros. Os livros chegaram ao palácio no dorso de um elefante.

Depois de colocados nas estantes, vieram as traças e começaram a comer as páginas dos livros. Mas apareceu um morcego que ajudou o rei a livrar-se das traças.

No fim da história, veio a Fada Palavrinha que deitava uns pós de perlimpimpim.



O mês de Março terminou com um recado, escrito por Carlos Pinhão e Catarina Rebello e retirado do livro Sete Recados.

Este recado é dirigido à formiga, à cigarra e a todos os adolescentes que se considerem formigas e cigarras, visto que é preciso brincar e trabalhar nas proporções certas. A todos um bom trabalho e boas leituras.


 


… Cigarra   

Aqui para nós que a formiga

Não está a escutar

mete no toutiço

Que não basta ser boa rapariga

E ter boa voz.

É preciso trabalhar

-pensa nisso!


… Formiga
Aqui para nós
Que a cigarra não nos escuta
Pára um bocadinho
Com essa labuta.
Qualquer dia




Ó desgraçada

Tens o celeiro cheio

E não tens mais nada.






Procura as seguintes palavras na Sopa de Letras:


estrofe, métrica, poema, poeta, quadra, rima, soneto e verso

A
S
S
O
N
E
T
 O
P
O
M
M
A
U
U
P
O
E
R
E
U
U
T
O
E
E
S
T
R
O
F
E
T
W
E
R
I
Q
R
M
A
R
Z
I
M
U
T
A
U
T
X
C
A
A
R
T
I
Y
C
A
Q
D
E
R
V
E
R
S
O
R
S
D
N
M
L
Ç
P
A
V
B

Notícias dos nossos quartos
Cá estou eu de novo. Mais um mês que se passou e este foi fantástico.

Vejam só que até escrevemos textos poéticos! Afinal temos veia de poeta…Ah! Ah! Ah!

Trabalhámos muito, por isso fizemos coisas fabulosas.

Até ao mês de Abril!