sexta-feira, 4 de novembro de 2011








Olá, eu chamo-me Miguel e li o livro João, Pé descalço de Maria Monteiro.
Este livro conta a história de um menino que decidiu ouvir a sua imaginação e pintou um quadro. Mas não poderia ser um quadro qualquer, era necessário que os personagens do quadro tivessem vida, que falassem, que pudessem contar as suas próprias histórias e

“… Então, pegou num lápis e definiu os contornos de um menino, que se iria chamar João Pé Descalço.
João porque era o seu nome, afinal era ele que ia contar a história; Pé Descalço, porque era um menino sem norte, que vivia nos pastos, nos bosques e nas florestas, que conversava com a Lua e usava sapatos que eram muito velhos.
Depois, fez um esboço da natureza, com todos os seus elementos e com tudo o que lhe pertence. Desenhou e redesenhou até estar perfeito, de modo a que este quadro pudesse descrever exactamente aquilo que queria. Retocou alguns pormenores.
Aperfeiçoou alguns traços e finalmente o quadro estava pronto para ser pintado…”

Esta é a história do João descalço. Parem um pouco e leiam esta história infantil.
Vale mesmo a pena!

Boas leituras.
A leitura e compreensão do livro História do Livro Activo, de Conceição Areias e Catarina Cardoso, foram feitas em conjunto pelas crianças e adolescentes que se encontravam no Clube de Jovens. No final, foi realizada uma chuva de ideias sobre a leitura e a imaginação. O resultado foi espantoso, todos concluíram que ler faz bem à saúde e à imaginação.

A Manuela pegou num papel, numa caneta fez o seguinte desenho acompanhado pelo poema:







Um dia sem brilho
Uma noite sem luar
Um beijo sem desejo
Uma lágrima sem saudade
Tudo não faz sentido
Mas tudo se transforma
Quando folheio as cem páginas
Quando me rio entre as linhas
Quando me perco de amores
Ao ler as lindas metáforas
E as comparações cheias de magia
Posso ser o lobo mau
Posso ser a princesa em perigo
Ao fim do dia… apago as luzes
Sou de novo a Manuela
Mas sonho durante a noite inteira…
“Quem serei amanhã?”
Durante este mês começámos a realizar os nossos trabalhos escolares e entre os novos conteúdos lectivos estudados, aprendemos os conceitos de texto de carácter autobiográfico e texto de memórias. Inserido nesta temática, surgiram os seguintes textos de memórias escritos pela




Manuela e pela Joana, respectivamente.



MEMÓRIA DE UM ALLGARVE PERFEITO



O sol batia nos meus olhos semicerrados
O som das gaivotas…
E das ondas a estalarem na encosta
Pareciam formar a mais bela orquestra
O cheiro a peixe fresco grelhado
Que perfumava todas as ruas
Exorbitava o meu olfacto
Um dia passado na praia
Parecia ser infinitamente grande!
Tudo à minha volta parava.
O horizonte do mar parecia estar perto
E ao mesmo tempo longe do alcance humano,
Tudo era surreal mas, ao mesmo tempo
O mais real que eu tinha vivido
Na minha curta vida.
No Allgarve eu fui dono do meu destino
De volta a Moimenta
Sou apenas eu…
Bronzeada e vinda de umas férias
Que foram … PERFEITAS.








Hoje, enquanto via uma revista de decoração de casas, veio-me à memória uma aventura, na qual eu fui a personagem principal.
Esta minha aventura aconteceu há muitos, muitos anos, tinha eu 11 anos.
Era dia de limpezas em minha casa, a minha mãe não estava porque tinha ido tomar conta da minha avó, o meu pai estava a trabalhar e a minha irmã também. Coube-me a mim fazer as limpezas.
Então comecei por lavar a cozinha, as casas de banho, as salas e ainda faltavam os quartos.
Rapidamente chegou a hora do almoço e as limpezas continuariam durante a tarde.
O meu pai veio buscar-me para almoçarmos em casa da minha avó. No fim do almoço, regressei ao meu trabalho: as grandiosas limpezas.
Assim que cheguei a casa comecei logo por aspirar os quartos, limpar o pó, etc.
No fim das limpezas, fui levar o lixo ao ecoponto. Mas, a caminho, houve um pequeno imprevisto. Peguei no saco do lixo e saí, sem fechar a porta. Ainda não tinha saído do jardim, quando ouvi um estrondo.
A porta da rua tinha-se fechado e as chaves tinham ficado do lado de dentro. Olhei em redor aflita… Todas as portas estavam fechadas e eu tinha ficado “presa” na rua.

Depois, comecei a pensar numa maneira de entrar em casa, mas nada me ocorreu.
Durante algum tempo, fiquei sentada na relva do jardim, à espera que alguém aparecesse. Entretanto, lembrei-me que o meu pai tinha uma escada de madeira na parte de trás da casa, fui buscá-la e colocei-a junto à janela da sala, a única, no segundo andar, que eu não tinha trancado.
Comecei a subir, a subir… Até que cheguei à janela, e foi então que me apercebi de que tinha que empurrar a persiana para deslizar o vidro e, assim, conseguir abrir a janela.
Então, coloquei os meus pés no topo da escada, consegui empurrar a persiana com muito custo, deslizei a janela e lá consegui entrar.
O que eu fiz foi uma grande tolice porque a escada poderia ter escorregar e eu ficaria estatelada no chão, mas na altura nem me lembrei disso. A minha preocupação era apenas a de entrar em casa.

Quando entrei em casa, suspirei de alívio. Nunca se deve seguir o meu exemplo pois ao empoleirar-me numa escada tão alta, havia uma forte probabilidade de cair, e ficar com cicatrizes daquele que foi um acto imprudente.



Joana